Novo sítio para as sessões e filmes para esta semana

Devido a alguns conflitos de horários, e de forma a termos uma sala com melhores condições para o visionamento dos filmes, pedimos através de requisição o auditório Grande (no edifício do SAS e Secretarias, em frente ao Bloco G), o auditório Doutor José Bayolo Pacheco de Amorim. Já temos a autorização, e esta semana iremos experimentar então o visionamento nessa sala. Caso não haja problemas, passaremos daqui em diante a realizar as sessões lá. Com isto, vem também um pequeno ajuste aos horários das sessões, que passaram a ser realizadas as 19:00, às Terças e Quartas de cada semana.

Esta semana, passaremos alguns filmes de Federico Fellini, O Navio (E La Nave Va) e Roma.

20 de Outubro:
    E La Nave Va (O Navio)
            Duração 132 min, Cor, 1983, Federico Fellini
            Auditório Doutor Jose Bayolo Pacheco de Amorim
            Inicio: 19:00


    Em Julho de 1914, um luxuoso navio deixa a Itália com as cinzas da famosa cantora de ópera Tetua Edmea para as espalharem na ilha onde esta nascera. O barco está cheio com os amigos dela, cantores de ópera, actores e todo o tipo de gente exótica. A viagem corre bem nos dois primeiros dias, mas ao terceiro, o capitão recolhe do mar um grande número de refugiados sérvios que fogem do início da I Guerra Mundial...


21 de Outubro:
    Roma
            Duração 128 min, Cor, 1972, Federico Fellini
            Auditorio Doutor Jose Bayolo Pacheco de Amorim
            Inicio: 19:00


    O aclamado realizador Frederico Fellini, demonstra de forma brilhante porque é lembrado como "o último dos grandes realizadores épicos", oferecendo-nos "uma emocionante memória pessoal" com este monumental e exótico tributo à sua amada Roma - Cidade Eterna. Esta sumptuosa autobiografia, cheia de "fantasias exuberantes e esplendor monumental", começa com um Fellini ainda novo a viver no campo Italiano. Na escola ele estuda a ecléctica, mas paroquial história de Roma antiga e então é apresentado como um jovem à realidade - chegando a esta estranha cidade no rebentar da Segunda Grande Guerra. Aqui através de um "esplendor visual" e retratos repletos de sátira e brilho, o cineasta prende-nos "cativando-nos impetuosamente, numa descrição arrebatadora de Roma", re-interpretando com o seu inimitável estilo uma história Italiana cheia de "imagens sensuais e extravagantes percepções”.

Sessões 13 e 14 de Outubro

Todas as sessões são de entrada gratuita.

13 de Outubro de 2009, Terça-Feira

No Auditório B121 às 18:30, início da sessão com a curta-metragem "La Jetée" de Chris Marker, datando de 1962, com uma duração de 28 minutos, filmada a preto e branco, seguindo-se então "Sans Soleil" (Sunless) da autoria do mesmo realizador, um olhar com vinte e um anos de diferença, 1983, e uma duração de 100 minutos, neste caso preenchidos a cor.

"La Jetée", conta a história de um homem que foi escolhido, numa Paris devastada após a 3ª Guerra Mundial, para servir de cobaia para a investigação de viagens no tempo. O objectivo destas viagens seria o de encontrar no passado formas de ajudar o presente. Este homem foi o único que mostrou ser capaz de lidar com a dissonância adjacente a uma viagem no tempo, muito devido à sua obsessão com uma vaga e recorrente memória de infância, que irá marcar o próprio desfecho do filme.

Em "Sans Soleil", Chris Marker volta a mergulhar na memória humana. Num filme que foge às definições comuns utilizadas para descrever uma obra cinematográfica, somos levados a pensar sobre várias questões, abordadas com a leveza do sonho e do irreal. O discurso imagético e a narrativa que o acompanha permitem uma interessante reflexão acerca da memória humana, se esta memória tantas vezes tida como verdadeira não é só e apenas uma estória em constante mudança, como a própria História Humana.

14 de Outubro de 2009, Quarta-Feira

No Auditório B121 estará em exibição, às 18:30, o filme Twelve Monkeys, de Terry Gilliam. Este filme a cor data de 1995 e tem uma duração de 129 minutos. O argumento, e grande parte dos conceitos, foram directamente retirados da curta-metragem "La Jetée", e adaptados a uma linguagem muito mais acessível, o que poderia ser também descrito como, Hollywoodesca. O interessante nisto, para além dos excelentes papéis representados por Bruce Willis, Madeleine Stowe e Brad Pitt, é o novo olhar que este realizador teve sobre o "La Jetée". Não atinge o nível poético do anterior nem o experimentalismo, nem é inovador a nível de linguagem, mas de um orçamento de 29.5 milhões de dólares, rendeu apenas em bilheteira 168 milhões. O visionamento deste filme, após o visionamento do "La Jetée" tenta ser um exercício interessante sobre a reformulação de ideias e conceitos, para os interessados em tais assuntos, ou simples apreciadores de filmes, cinema, imagens em movimento ou...